Voltamos a falar sobre o crescimento e efervescência do mercado de fusões e aquisições durante a pandemia, quando empresas que se enfraqueceram procuraram outras para se fundirem e sobreviverem.
Um segmento que sentimos esta real necessidade e forte tendência foi o da Educação, em todo país. Considerando a fragmentação deste setor, no qual os maiores grupos de escolas, individualmente, contam com um percentual pequeno desse mercado, acreditamos que uma onda de fusões e aquisições vem tomando força desde o início de 2020.
O surto do novo corona vírus, a partir de março do ano passado, teve um impacto nocivo para o setor, que já vinha com problemas desde a recessão iniciada em 2014.
Naturalmente, os fundos de investimentos são os que mais se beneficiaram desse movimento de consolidação, especialmente em operações envolvendo escolas com dificuldades de gestão do fluxo de caixa e capacidade para investir ainda mais.
Quais foram as mudanças?
O segmento tem mais de 40 mil escolas privadas de educação básica no país. O Brasil tem cerca de 53 milhões de estudantes no ensino básico e médio, sendo que oito milhões estudam em escolas privadas. Os maiores grupos de escolas, sozinhos, não contam com sequer 1% desse mercado.
Sentiu-se nesse ensino básico um aumento da inadimplência e redução de receita com descontos oferecidos aos pais que perderam emprego ou renda.
Além disso, a necessidade de mais investimentos em tecnologia, em razão das aulas on-line, deixou muitos estabelecimentos fragilizados financeiramente.
Esse quadro favoreceu entrada de fundos de investimento e grupos de empresas com “dinheiro em caixa” a fazerem novas aquisições.
A volta às aulas, agora nesse período de diminuição e um certo controle da pandemia, graças a vacinação crescente, está sendo decisiva para as escolas e faculdades que retornaram às suas atividades. Período propício para se verificar se há uma real necessidade de uma fusão ou venda de cada instituição de ensino.
Os resultados já estão aparecendo as “olhos vistos”. Segundo a consultoria KPMG as fusões e aquisições no setor de educação cresceram 42% no 1º semestre, em comparação com o mesmo período do ano passado. Nos seis primeiros meses de 2020, foram 14 operações, ante 20 realizadas neste ano.
“Apesar de ter sido fortemente impactado no ano passado devido à pandemia da covid-19, o setor de educação está se movimentando para buscar uma retomada de crescimento. O aumento de operações no segmento gera uma grande expectativa para o cenário dos próximos meses”, analisa o sócio de educação da KPMG, Marcos Boscolo.
A Cosmos já havia sentido a abertura desse tipo de interesse no segmento e intermediou a aquisição de diversas entidades educacionais, como por exemplo, três escolas vendidas pelo grupo Ânima a Bahema Educação. O negócio foi efetivado no mês de Julho de 2021.
“Bastante pulverizado e ainda com predomínio das escolas de bairro, o setor educacional K12 assiste a um movimento crescente de consolidação. Notamos uma aceleração desse processo com a pandemia. Diante desse cenário desafiador, muitas escolas acabaram incorporadas por grandes players do setor, providos de maior estrutura e capacidade de investimento”, comenta o sócio e fundador das Cosmos, João Lipai.
Nos próximos artigos comentaremos sobre outros serviços que a Cosmos proporciona a seus clientes e quais o segmentos de mercado que estão em alta.
E estaremos abertos para sugestões e comentários, mande sua pergunta para contato@cosmos.com.br.
Até breve!